terça-feira, 30 de julho de 2013

Fórum discute a prática das artes marciais e capoeira em Olinda.


O debate será no dia 31 de julho, a partir das 18h30, no auditório da Secretaria de Educação do município

Com o objetivo de analisar e discutir, ponto a ponto, todos os aspectos da prática das artes marciais e capoeira na cidade, a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude de Olinda instala no município mais um Fórum de Debates Esportivos por Modalidades.
Participam do debate grupos de artes marciais e capoeira da cidade, autoridades municipais e estaduais, além de representantes de ONG’S interessados no tema. As artes marciais e a capoeira enquanto conteúdo programático educacional e de lazer nas escolas, nas comunidades, nas praças, dentre outros espaços, são alguns dos temas que serão debatidos na ocasião.
O Fórum de Debates Esportivos acontecerá durante todo o ano e abordará diversas modalidades. A Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude está fazendo um raio X dos esportes, juntamente com os usuários e praticantes de cada modalidade e seus equipamentos.
Data: 31/07/2013
Local: No auditório da Secretaria de Educação de Olinda, localizada na Rua 15 de Novembro, 184, Varadouro.
Horário: 18h30

Evento: IV Reciclagem do Grupo Arte e Dança.

Aconteceu neste final de semana dias 27 e 28 de Julho na cidade Pedras de Fogo - PB a IV Reciclagem do Grupo Arte e Dança. Com a Organização do Mestre Marcos Traíra e Supervisão do Mestre Cuscuz o evento foi um sucesso. No dia 27 (Sábado) A tarde foi realizada a Roda de Abertura do Evento e a noite aconteceu um Aulão de Capoeira com o Professor Iaô. Já no Segundo Dia 28 ( Domingo) Os participantes foram até uma Mata local, chegando lá participaram de algumas atividades como Armadilhas e Emboscadas Criadas Pelos Guias do Evento.

Confira algumas Fotos do Evento.


















O Evento foi Totalmente Gravado e Sera lançado um DVD, a data ainda não foi divulgada pelos os organizadores em breve mais informações.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

A história e a função dos instrumentos musicais na capoeira.


O primeiro registro de um instrumento musical relacionado com o jogo da capoeira aparece no início do século XIX, em 1835. Nessa ocasião, o artista Johann Moritz Rugendas apresenta na gravura de nome “Dança da Guerra”, o jogo da capoeira sendo brincado ao som de uma espécie de tambor.Esse registro é importantíssimo e clássico na capoeira, pois comprova a utilização do tambor durante uma vadiação ” ou seria treinamento para luta? – de capoeira do século XIX. Porém não significa que nesta época não existissem outros instrumentos musicais associados ao jogo. Aquela foi a forma retratada por Rugendas, não excluindo a possibilidade da presença de outros instrumentos. Como descrevi antes, essa pode ter sido a capoeira que Rugendas viu e viveu durante sua estadia no Brasil. Porém, o mais importante é o registro da capoeira como manifestação muito difundida no início do século XIX, e da importância dos instrumentos musicais no jogo.Seguindo os registros históricos, podemos perceber que a introdução de alguns instrumentos musicais utilizados atualmente é recente. Tudo indica que instrumentos como o agogô e reco-reco foram associados ao jogo da capoeira no século XX. Muitos aparecem com a criação do Centro Esportivo de Capoeira Angola de Mestre Pastinha, ou seguindo a criatividade dos capoeiras. Há relatos de outros instrumentos presentes também no ritual da Angola, ou na Capoeira primitiva da Bahia, como é o caso da palma-de-mão e até da Viola (vide depoimento de Mestre Pastinha). Pastinha se referia à Capoeira Santamarense, onde segundo o Etnomusicólogo Thiago de Oliveira Pinto a Capoeira, o Samba e o Candomblé sempre tiveram uma interação muito forte.Na seqüência são apresentados os instrumentos musicais mais utilizados nas rodas atuais de capoeira.


O Berimbau


Caindo na classificação das cítaras, o berimbau que conhecemos hoje em dia pode ser descrito por um arco de madeira flexível, onde suas pontas são ligadas por um arame, tendo como caixa de ressonância uma cabaça que é presa em uma das pontas da madeira.A origem desse instrumento ainda não é definida. Trata-se de um dos instrumentos musicais mais antigos, e segundo Kay Shaffe, já era conhecido por volta de 15.000 a.C. A entrada do berimbau no Brasil também não pode ser estabelecida com precisão, mas é provável a associação com os escravos. Desde os primeiros registros, o berimbau sempre apareceu sendo tocado por negros africanos e descendentes, além do fato dos arcos musicais africanos serem iguais aos brasileiros, em construção. Waldeloir Rego também cita que em Cuba, o berimbau, lá chamado de sambi entre outros nomes, aparece em cultos religiosos de origem afro-cubanas. Outra característica que reforça a introdução africana do berimbau no Brasil, é o fato de que antes da colonização, não existem registros de arcos musicais na cultura dos índios que aqui viviam.Um dos primeiros registros de um berimbau no Brasil foi realizado na alfândega do porto de Santos, em 1739. O instrumento também foi descrito por Debret em 1826. Em seu trabalho intitulado “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”, o artista francês apresenta o desenho de um cego tocador de berimbau pedindo esmola, com uma breve descrição do instrumento e modo de tocar.Uma vez no Brasil, ainda é muito difícil precisar a data da associação do berimbau com a capoeira. Atualmente, o instrumento é considerado indispensável na bateria de capoeira. Normalmente tocado por mestres ou capoeiras mais antigos, ele é utilizado para comandar as rodas, estabelecendo o ritmo das músicas e do jogo. O berimbau, junto com o canto do mestre, também dá a senha para o início e fim da brincadeira. Atualmente a arte de tocar o berimbau é utilizada inclusive para mostrar o conhecimento do capoeira, como tem sido muito discutido nesses dias.Humbo, rucumbo, rucungo, rucumbo, urucungo, lucungo, gunga hungo, m”bolumbumba, marimba, gobo, bucumbunga, bucumbumba, uricungo, oricungo, orucungo, matungo, macungo, berimbau de barriga, violam e viola de arame são alguns dos nomes utilizados na literatura para descrever o berimbau. Hoje em dia, os nomes que sobreviveram, até devido à utilização nas cantigas são berimbau, gunga e viola. Dizem inclusive que o nome berimbau seria de origem portuguesa, enquanto gunga seria o nome africano, que na língua Yorubá significa Rei.Nas rodas de capoeira, o instrumento tanto aparece sozinho, na maioria das vezes nas rodas da chamada Capoeira Regional, quanto em parceria com outros berimbaus. Porém, hoje em dia é comum vermos nas rodas de Capoeira Angola a bateria formada por três berimbaus. Um de som grave também chamado berra-boi ou gunga, um de som agudo chamado viola, e um último de som intermediário entre os dois primeiros, chamado médio. Durante o jogo de capoeira, cada berimbau possui sua função, e dessa forma, nas rodas de capoeira angola, cada um segue um toque, uma batida diferente. Uma ressalva se faz para lembrar dos mestres que montam sua charanga (bateria) conforme os modos da Luta Regional Baiana de mestre Bimba. Neste caso, mesmo que na bateria existam dois berimbaus, em geral ambos seguem o mesmo toque.De som marcante, o berimbau se tornou um instrumento característico da capoeira. Tão característico que ao vermos um arco musical com esse formato, as pessoas, capoeiras ou não, já associam imediatamente a imagem ao jogo de capoeira. O mesmo não acontece com os outros instrumentos presentes na bateria de capoeira, como pandeiro, atabaque e outros, pois eles aparecem também em outras manifestações da cultura afro-brasileira como o samba, o jongo dentre muitas outras.

Pandeiro


Muito difundido e utilizado por diversos povos, o pandeiro é considerado um instrumento muito antigo, encontrado na Índia e até junto aos egípcios (1700 a.C.), com função de instrumento marcador de ritmo e acompanhamento. Da cultura árabe surge o adufe, que é um pandeiro quadrado sem platinelas.A maior parte dos estudos aponta para chegada do pandeiro ao Brasil por via portuguesa. Inclusive existe registro que esse tambor já estaria presente na primeira procissão de Corpus Christi, realizada na Bahia, a 13 de junho de 1549. Fato esse que reforça a hipótese da chegada do pandeiro em navegações portuguesas para o Brasil, uma vez que a mão de obra escrava utilizada em maior quantidade nessa época era indígena. Com o passar do tempo, o instrumento foi absorvido pelos negros que passaram a utilizá-lo em suas manifestações culturais no Brasil.Na capoeira, o pandeiro trabalha na marcação do ritmo estabelecido pelo berimbau. Na maioria das rodas de capoeira, o pandeiro utilizado possui pele de couro animal, tornando-se assim menos estridente. Inclusive, existem relatos de que Mestre Bimba retirava algumas platinelas do instrumento, tornando o som ainda mais grave, o que ele considerava o tambor da Regional. Em recente texto sobre instrumentos musicais, o amigo Miltinho Astronauta cita o cuidado que alguns capoeiras têm com seus instrumentos, como o saudoso Mestre Cosmo tinha com a afinação dos pandeiros. Segundo o mestre, os pandeiros deveriam ser afinados no tempo… no sereno, e tocados em pares, onde um marcava o passo e o outro se soltava no solo.

Atabaque



Assim como o pandeiro, os tambores são instrumentos muito antigos. Difundido na África, o tambor também aparece em registros persas e árabes. Inclusive o termo atabaque é de origem árabe. Mesmo com essa ligação africana, acredita-se que o instrumento já tinha sido trazido por mãos portuguesas quando chegaram os escravos africanos.Uma vez aqui no Brasil, o atabaque foi incorporado à cultura afro-brasileira de uma forma tão intensa que grande parte das manifestações culturais e religiões afro-brasileiras, se não todas, apresentam o tambor como instrumento musical marcante. O samba, o jongo, o maculelê, o batuque, a umbanda e principalmente o candomblé são exemplos.Porém, mais do que um instrumento musical, o atabaque é considerado por muitos um instrumento sagrado. No candomblé, os atabaques possuem participação especial, capazes de realizar, junto com os cantos, a ligação entre o mundo dos homens e dos orixás. Na capoeira, como não poderia deixar de ser, o atabaque se fez presente nos primórdios do jogo. Instrumento que, quando bem tocado, fornece uma beleza maior às baterias, aparece com freqüência nas rodas de capoeira como instrumento de marcação do ritmo estabelecido pelo berimbau. Uma exceção surge nas vadiações dos capoeiras que seguem “à risca” os ensinamentos de mestre Bimba, dentre os quais a não utilização do atabaque.Mesmo que alguns pesquisadores afirmem que a utilização do tambor na capoeira não teve uma continuidade histórica, e que o atabaque foi introduzido na capoeira recentemente, talvez por Mestre Canjiquinha, com todo o respeito, considero improvável tal fato. Mestre Bimba, retirando o atabaque da sua bateria antes da década de 30 do século passado, só poderia ter tomado tal decisão se o atabaque estivesse presente na capoeira. Além disso, não desmerecendo os recursos e a criatividade do mestre da alegria, Mestre Canjiquinha nasceu em 1925, o que nos leva a concluir, após uma análise de datas, que seria muito improvável que o mesmo tivesse sido o responsável pela inserção do atabaque na capoeira.

Reco-reco



Instrumento comumente feito de um gomo de bambu, ou até mesmo uma cabaça alongada, com sulcos e tocado com uma vareta. Também aparece em construção de metal contendo molas ao invés de sulcos, como pude assistir em roda de mestre Curió. Acredita-se na sua origem africana, uma vez que sempre esteve ligado às manifestações afro-brasileiras. Atualmente, se mostra presente principalmente no samba, mas também empresta seu ritmo à outros folguetos como o lundu e até mesmo o reggae.O reco-reco históricamente parece ter sido introduzido na capoeria através do Centro Esportivo de Capoeira Angola de mestre Pastinha. Hoje em dia aparece em muitas rodas dando sua contribuição na marcação do ritmo do jogo. Segundo Miltinho Astronauta, Mestre Gato Preto, um dos organizadores da Capoeria Angola no Vale do Paraiba, introduziu uma forma diferente de se dar início à bateria. No caso, o reco-reco inicia tocando, para só então, depois da assistência perceber que o ritual está sendo iniciado, é que o Berimbau inicia o toque de Angola, seguido pelo São Bento Grande, Angolinha (no Viola) e demais acompanhamentos. Mas em outros trabalhos também orientados por Mestre Gato Preto isto não acontece, ou seja, quem começa tocando sempre são os três berimbaus, e o reco-reco entra com os instrumentos de apoio.

Agogô



Instrumento musical formado por dois cones metálicos unidos por um arco também de metal, o agogô é outro instrumento muito presente na cultura afro-brasileira. Sua entrada no Brasil aconteceu com a chegada dos negros africanos. Inclusive o vocábulo agogô é de origem nagô e significa sino. Assim como no caso do reco-reco, sua aparição inicial nas baterias de capoeira ocorreu, possivelmente, através dos mestres Pastinha e Canjiquinha.Presente em diversas danças e ritmos da cultura popular, sua maior participação é muito comum no samba e nos terreiros, nas cerimônias religiosas afro-brasileiras.

Confira a baixo alguns tutoriais de como tocar Berimbau, Pandeiro e Atabaque.

Berimbau - Tutorial



Pandeiro - Tutorial



Atabaque - Tutorial

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Mestre de capoeira angola é um dos convidados do XIII Encontro de Culturas.


Durante a abertura do 6º Encontro de Capoeira Angola, realizado durante o evento, Mestre Valmir falou sobre tradição, origem e outros temas que permeiam essa importante manifestação cultural afro-brasileira
Valmir Santos Damasceno conheceu a Capoeira Angola em 1981, com o retorno do Mestre Moraes do Rio de Janeiro a Salvador (BA). Integrou a primeira turma do Grupo de Capoeira Angola Pelourinho - GCAP, no Centro de Cultura Popular, hoje conhecido como Forte da Capoeira. Em meados de 1995, após deixar o GCAP, ingressou na Fundação Internacional de Capoeira Angola - FICA, tornado-se responsável pelo núcleo FICA-Bahia. Em sua primeira participação no Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, Mestre Valmir fala sobre a Capoeira Angola como tradição, sua origem, disseminação no exterior e outros temas que permeiam essa importante manifestação cultural afro-brasileira.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Grupo Senzala comemora seus 50 anos.

O último dia de celebração dos 50 anos do Grupo Senzala não poderia ser de outra forma senão histórico. O clima característico do Rio de Janeiro propiciou durante todo o sábado muita capoeiragem. No final do período da manhã uma roda de bate papo com os mestres Gato, Itapoan, Toni Vargas, Lua Rasta e Mão Branca. Em seguida três aulas simultâneas com rodas ministradas e dirigidas por Mestre Ramos, Mestre Mão Branca e Mestre Feijão encerraram as atividades do período.


Já no meio da tarde as atividades foram reiniciadas com três grandes rodas comemorativas que culminou com a grande roda de formatura e encerramento, e que contou com a participação de grande parte dos mestres do grupo e de convidados. O ponto alto da tarde foi a entrega da corda vermelha de mestre a Caracu de Berlim e a corda marrom de contra mestre para Renata, aluna de Mestre Peixinho, que fora lembrado e teve o nome entoado através da cantigas e do coro de vozes de alunos, professores, contra-mestres e mestres presentes.


Fonte:http://ocapoeira.net

Prêmio Piauí Inclusão Social 2013: Reabilitação e esporte se unem com sucesso no Piauí.


Com cinco anos de um trabalho exemplar no Piauí, O Centro Integrado de Reabilitação – Ceir - comemora muitas conquistas e leva aos seus pacientes as melhores formas de superar as deficiências.   A reabilitação desportiva aplicada no Centro é fonte também de esperança e mudança de vida para a muitas pessoas que são reabilitadas. Não se restringe apenas ao desenvolvimento do organismo, mas de resgate da autoestima. Ao todo, são 200 pessoas sendo atendidas com a reabilitação e cinco delas estão em processo de treinamento para competições.As modalidades oferecidas são natação, capoeira, hidroginástica, futebol de amputados, dança, basquete de cadeira de rodas. A natação é um dos esportes onde estão saindo premiados paratletas e eles encaram a situação como momentos de superação.Benjamim Pessoa Vale é presidente voluntário da Associação Reabilitar, entidade social sem fins lucrativos que administra o Ceir desde a fundação e acredita ainda que o esporte é essencial para a inclusão."Com o trabalho desempenhado aqui no Ceir, podemos comprovar que o esporte está entre as principais formas de inclusão social e de resgate da autoestima de quem possui algum tipo de dificuldade de locomoção.Além dos benefícios físicos, a prática desportiva desenvolve o relacionamento interpessoal entre os pacientes e os encoraja a superar os próprios limites".

O instrutor de educação física do Ceir, Childerico Robson, explica como o esporte é inserido no processo de reabilitação. O paciente utiliza a prática esportiva através de propostas de tratamento acrescentadas através de avaliação médica e da equipe que cuida do paciente e que necessita de total adesão do reabilitado.“O paciente só entra em processo de treinamento de acordo com a evolução e o interesse que ele demonstra pelo esporte e os benefícios são numerosos. Para a pessoa amputada, melhora o condicionamento físico para quem usa próteses, que exigem um preparo para que ele aprenda a suportar o peso, além do fundamental controle do peso”, disse o educador físico.

Muita ginga e berimbau


A prática da capoeira é uma grande fonte de diversão para crianças em reabilitação. Com aulas semanais, cerca de 15 crianças se reúnem em uma roda de capoeira com direito a toda a ginga e berimbau. Crianças com qualquer tipo de deficiência física podem participar deste momento.
Com apenas 10 anos de idade Emilly Emanuele sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e cedo demais teve de enfrentar uma realidade pesada. Com uma das pernas afetadas e dificuldades grandes de locomoção, ela iniciou tratamento do Ceir e há alguns meses participa das capoeiras. Hoje, aos 12 anos já comemora as primeiras evoluções e muitos amigos que conheceu durante o tratamento.O pai da garota, Jean Carter Elegance, disse que os problemas motores da menina já melhoraram em 10% desde o início da prática, mas os benefícios estão além. “Por causa da capoeira ela tem muita convivência com pessoas e melhorou muito; antes era muito agitada e pensava negativamente, depois começou a se desenvolver e ficou mais tranquila”, disse o pai.Convidado especial para as atividades do dia, o capoeirista mestre Touro aprova o uso da capoeira na reabilitação e motivação dessas crianças. 


“Nós podemos ver a amplitude nas áreas cultural, social e esportiva, no entanto a área de reabilitação ainda é pouco conhecida, mas é um trabalho importante que envolve a pessoa, principalmente na autoestima. Os métodos da capoeira ajudam muito no dia a dia e qualquer pessoa com deficiência pode participar, mas para isso é importante ter um professor capacitado com conhecimentos tanto sobre capoeira e reabilitação para cruzar as duas áreas. É o caso do professor Childerico”, disse o mestre de capoeira.

Ao longo destes cinco anos, o número de profissionais na reabilitação desportiva aumentou, assim como as modalidades esportivas ofertadas. Isso porque o Ceir e a Associação Reabilitar acreditam neste tipo de tratamento. "Estamos sempre revendo o que pode ser melhorado para atender a demanda, que cresce a cada dia", disse o presidente Benjamim Pessoa Vale.






segunda-feira, 22 de julho de 2013

Prefeitura vai tornar a capoeira patrimônio cultural de Rio Branco.


Por meio de projeto do vereador Gabriel Forneck, a prefeitura de Rio Branco pretende tornar a capoeira, patrimônio cultural. O anúncio foi feito pelo prefeito Marcus Alexandre que esteve neste sábado, 4, no Teatro Barracão, no primeiro Encontro Municipal de Capoeira, realizado pela Liga de Capoeira do Acre, que conta com seis grupos em todo o Estado. O evento é realizado graças à emenda individual de R$ 35 mil, apresentada pelo ex-vereador Ricardo Araújo no ano passado.A ideia é que o projeto seja votado antes de 3 de agosto, Dia Nacional da Capoeira. O presidente da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil, Rodrigo Forneck, explica que a FGB vai fazer um levantamento histórico da capoeira no Acre e vai organizar um abaixo assinado entre os praticantes, para fortalecer ainda mais o projeto de lei.


O prefeito Marcus Alexandre diz que a medida vai fortalecer ainda mais a capoeira no Acre. 

Capoeira é a cara do Brasil e aqui no Acre os grupos desempenham papel importante junto aos jovens,ajudando no desenvolvimento pessoal de cada participante que além do esporte em si, aprende a ter disciplina”.

O secretário Municipal de Esporte e Lazer, Afrânio Moura, lembrou aos capoeiristas que logo, as Leis de Incentivo ao Esporte e à Cultura do Estado e do Município, vão ser lançadas e que a capoeira tem o privilégio de se encaixar nas duas categorias, de esporte e cultura.O presidente da Liga de Capoeira do Acre, Itamar da Silva, o Malvado, diz que será um orgulho para os capoeiristas acreanos, que a capoeira passe a ser considerada patrimônio cultural de Rio Branco. “A capoeira é dança, luta esporte e cultura ao mesmo tempo. E essa lei será um reconhecimento a toda a história da capoeira que chegou ao Brasil trazida pelos escravos africanos”.


Pelé busca jovem com noção de inglês e capoeira para interpretá-lo em filme.


Pelé usou a internet para encontrar algum jovem de 14 a 21 anos para interpretá-lo em um longa-metragem sobre o início de sua carreira, da infância ao Mundial de 1958. Entre os requisitos para ser o “Pelezinho”, o rapaz deve ter noção da língua inglesa e ser bom na capoeira.
“É necessário falar Português, ter habilidade para jogar futebol e inglês básico. Ser fisicamente parecido com o Pelé é importante, porem não é pré-requisito”, apresenta texto postado por Pelé no Twitter.Pelé adiantou que o longa-metragem terá como base sua participação na Copa do Mundo de 1958, na Suécia, quando encantou o mundo ao conquistar o título com 17 anos de idade.Para achar o ator que o interpretará, Pelé informa que o jovem tem de ser negro, ter habilidade para jogar futebol, dançar, além de destacar que “ser fisicamente é importante, mas não pré-requisito”. Os interessados devem enviar fotos e dados pessoais para o castingpele@gmail.com.
De acordo com o produtor Brian Grazer, o filme deve chegar aos cinemas "algumas semanas antes do Mundial." A película, dirigida pelos irmãos Zimbalist, em fase de pré-produção, vai ter entre os produtores o próprio Pelé e vai mostrar a trajetória do jogador até o sucesso na Copa do Mundo da Suécia, em 1958.Grazer disse ainda que o longa terá como foco a "construção da lenda de Pelé desde a infância, quando jogava usando laranjas como bolas, até os 17 anos", quando o Brasil conquistou seu primeiro título mundial."Vou confiar no grupo, consciente de que o sucesso de um é o sucesso de todos e vice-versa. Eu estava acostumado a fazer isso em campo e não tenho nenhuma razão para não confiar inteiramente nos dois autores, dos quais eu aprecio muito o trabalho e a criatividade", declarou Pelé, que se disse "muito curioso" para assistir ao filme.
Fonte: UOL

sábado, 20 de julho de 2013

O Gunga no Berimbau: O Significado da palavra.

O Gunga entre os três berimbaus.




Na capoeira tradicional, mais conhecida como Capoeira Angola, e hoje, em variadas formas e estilos de Capoeira, até três berimbaus podem ser tocados em belo conjunto, cada um com uma função mais ou menos definida.

O Gunga, toca a linha grave, limitando improvisações. O tocador de gunga na roda de capoeira  é seu líder, sendo seguido pelos outros instrumentos, geralmente também lidera a cantoria, além de convidar os jogadores ao "pé do berimbau" para iniciarem a dança.

O médio, complementa como resposta do gunga.

E por último, a viola, o berimbau de cabaça mais pequena. A viola toca a maioria das improvisações dentro do ritmo definido pelos outros dois. 
É de extrema importância realçar que, realmente existe uma forte tradição, e há quem afirme, mais antiga, em que se identifica o berimbau mais grave como o “Berra-boi”. Todavia, a pesquisa não se refere ao Berra-boi, e se dá somente em retorno da significação da expressão gunga. É de extrema importância realçar que, realmente existe uma forte tradição, e há quem afirme, mais antiga, em que se identifica o berimbau mais grave como o “Berra-boi”. Todavia, a pesquisa não se refere ao Berra-boi, e se dá somente em retorno da significação da expressão gunga. 




O Berimbau Africano

O berimbau, por vezes usado em shows e performances, para fortificar o mito Yoruba-Nago da Igbadu, a cabaça da existência, e’ um instrumento praticamente INEXISTENTE na cultura Africana academicamente denominada de “Sudanesa” em território Brasileiro. O berimbau de barriga, no continente Africano, e’ praticamente de uso EXCLUSIVO do grupo linguístico Bantu.O seu uso, como fonte de entretimento, em ritos de nascimento, funerários e de puberdade, em cerimônias matrimôniais e fúnebres de soberania e cultos de espiritualidade, prova de maneira incontestável que, o berimbau Africano e’ um dos instrumentos mais importantes, se não o mais importante e visível, espiritualmente e socialmente, na cultura do povo do ramo Bantu. Seguindo a lógica histórica, citada pela etnolinguista Yeda Pessoa,  o inventário para registro e salvaguarda da capoeira como patrimônio cultural Brasileiro IPHAN, fracassou em não pesquisar com mais vigor a significação do arco musical no continente Africano e, igualmente, entre os seus descendentes, terminando por reduzir a pesquisa aos aspectos musicais e religiosos dos tambores rum, rumpi e lé.

Gunga: O símbolo do Poder...O guardião da voz.

A palavra gunga, da mesma forma que jiló, bunda, caçula, kalunga, samba, quilombo, muleque, curinga, xingar, ginga, missanga, quiabo, dendê, tanga, quitanda, canjica, calango, cafuné, bamba, candomblé’, entre outras que, enriqueceram o português falado no Brasil, pertencem  ao tronco linguístico Bantu de Angola e do Congo, precisamente.Gunga, ou melhor N’gunga, palavra pertencente a vários idiomas Angolanos como o Umbundu, o Kimbundu, o Kikongo, e o Lingala,  significa “Sino”.  


Ongunga = O sino.


Na cultura da minha etnia, os povos Ovimbundu do planalto de Benguela, o gunga (sino) não se refere apenas ao instrumento de percussão em forma de ferradura. Tradicionalmente, o gunga, de boca única ou dupla, simboliza autoridade máxima, um emblema de poder que, pode aparecer em substituição do termo Soma Inene, significando o grande rei.  O rei, que recebe o gunga como herança, nunca se distancia dele e, como objecto específico para realeza, simboliza o seu poder.

Socialmente, o gunga (sino) é utilizado para a marcação de ritmos, iniciação e finalização de eventos, anunciação, ponto de encontro e agrupação, comunicação, códigos de sinais, mediação, intercessão, alerta e proteção.Existe um comportamento racista acadêmico no Brasil que consiste em desqualificar certos aspectos da cultura e presença africana, afirmando-as como Indígenas. Pela diversidade significativa da palavra gunga, também por ter sido um dos nomes do antigo reino do Kongo (Kongo dia Ngunga), a ilha/praia da Gunga em Maceió, no Estado de Alagoas, na região nordeste do Brasil, merece mais atenção. Deve-se exigir pesquisas mais abrangentes e robustas, pelo fato histórico da existência de Quilombos, como o do Palmares de Ganga Zumba e Zumbi.Na sua variação etnolinguística, o gunga, é chamado de gonguê no maracatu, uma manifestação cultural da música folclórica pernambucana Afro-Brasileira nascida da tradição do rei do Congo.Gonguê ou Ngonge, é a palavra que finaliza o nome do meu avô paterno, Satchingonge, o grande sino.

O seu simbolismo espiritual é vasto e posso citar que é visto como um possessor de encantos, tendo supostamente poderes mágicos como um amuleto, um patuá.Em Angola, há quem diga, num domingo de manhã, ao tocar do sino,  “Eu vou para o gunga”, impondo que vai para a igreja, ou seja, que vai responder a chamada do sino.

Os toques de chamada do berimbau gunga, na roda de capoeira, simbolizam um sino. Algo que nos anuncia como guardiões, zeladores, em controle do nosso redor, que nos faz mestres dos nossos círculos.N’gunga, a voz que se ergue acima de todos os outros instrumentos, como um rei que governa o seu povo.



sexta-feira, 19 de julho de 2013

O "Mvet" o instrumento musical parecido com o berimbau.


O Mvet é tanto um instrumento musical como também uma história épica. Uma espécie de literatura cuja narrativa expõe fatos históricos e ações heroicas de personagens excepcionais. O instrumento está relacionado as etnias Fang/Beti, subgrupos de povos Bantus, que hoje habituam os países Africanos do Congo (Brazzaville), Gabão, Guiné Equatorial, a ilha de São Tomé e príncipe e Camarões.


Afirma-se ter sido criado durante o êxodo do povo Fang/Fãn, e é construído com materiais da floresta tropical Central Africana, feito de bambu, e acompanhado por várias cabaças identificadas como masculina e femininas, que ressoam quando as cordas são ligeiramente tocadas.A história oral do Mvet é caracterizada por uma fase denominada de EKANG.A face Ekang inclui temas espirituais e mitológicos, tais como Nzana Nga Zogo, que engloba todos os aspectos da cultura fang como a filosofia, a poesia, o conhecimento científico do mundo, histórias que honram os líderes das aldeias, histórias de heroísmo, e de inspiração as comunidades.

A lenda da criação

Segundo a lenda da sua criação, Oyono Ada Ngone foi um sábio, um fang notável, músico e guerreiro que viveu durante a longa migração do século XV conhecida como “OBANE”. Ao tentar escapar de uma batalha, uma guerra em que o seu povo foi derrotado, o mestre Oyono entrou em coma durante uma semana e foi socorrido, quase sem vida, pelos guerreiros fugitivos.Durante o seu estado de coma, Zambe, um espírito superior, dialogou com Oyono que, em espírito, foi regalado um instrumento musical. Este instrumento serviria para despertar, restaurar a esperança, recapturar a coragem e autoestima do seu povo, através da música e histórias fabulosas do passado.O mestre Oyono Ada Ngone construiu um instrumento musical a partir de um ramo da palmeira ráfia, tendo dado início aos contos e histórias épicas sobre um grupo de guerreiros a quem deu o nome de pessoas Engoñ / Engong, significando o povo de Ferro, invencíveis como o ferro, transformando-os em um povo guerreiro, temido por todos outros povos aos seus redores.

"Mvet" do verbo a vet = Elevar, superiorizar.





quarta-feira, 17 de julho de 2013

Personagens Capoeiristas Brasileiros em Jogos de Vídeo Game.

Em entrevista ao portal TechTudo, os produtores do jogo falaram a respeito do novo game da franquia. A dupla contou que o personagem brasileiro do jogo, Eddy Gordo, foi inspirado na capoeira, cujos movimentos se enquadraram bem no sistema 3D. Katsuhiro Harada e Michael Murray falaram que Na verdade, a inspiração veio primeiro da arte marcial, depois pensamos no personagem. Criamos o Eddy há mais de quinze anos, e até então nunca tínhamos ouvido falar em capoeira. Vimos algumas matérias sobre capoeira em uma livraria e resolvemos encomendar algumas fitas VHS do Brasil para entendermos melhor.Lembrando que naquela época nem tínhamos internet direito. Os movimentos da capoeira são muito originais e não vemos isso em nenhuma outra arte marcial. E o melhor é que a capoeria tem movimentos mais adequados para 3D do que para 2D. Ao analisarmos todo o material dissemos “sim, vamos fazer”! Depois disso, encontramos o mestre Marcelo Pereira, que naquela época morava na Califórnia. Trocamos e-mails com ele a aí começamos a criar o personagem.
Fonte: www.techtudo.com.br
Eddie Gordo.


Eddie Gordo teve sua primeira aparição no jogo Tekken 3, em 1997. Logo ganhou o gosto popular, por talvez ser o primeiro personagem brasileiro que não fosse um monstro da floresta ou algo do tipo. Eddie tinha tudo para ser um homem bem sucedido em seus negócios, mas acabou preso. Em uma dessas rebeliões conheceu um velho homem que se tornou se mestre e lhe ensinou capoeira. Quando saiu da prisão, resolveu participar do torneio King of Iron Fist 3 para conseguir ajuda para sua vingança. Eddie desde a primeira aparição em Tekken 3 rondou pelos jogos da franquia e é conhecido pelos seus combos devastadores.

Christie Monteiro.




Personagem que teve sua primeira aparição no game Tekken 4, Christie também tem a capoeira como seu estilo de luta. Christie é neta do mestre de capoeira que ensinou Eddie Gordo na prisão. Depois de sua primeira aparição, esteve presente em quase todas as sequencias do jogo, inclusive o cross-over Street Fighter X Tekken. No jogo Tekken Tag Tournament 2 a capoeirista é dublada em português, diferentemente de suas outras aparições. No filme baseado no jogo, a personagem não luta capoeira.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Haiti recebe primeiro encontro de capoeira do Caribe.


Atuar na promoção da cultura de paz, fomentar a criação de uma política de cooperação técnica entre os países do Caribe e promover o intercâmbio entre jovens educadores de comunidades desfavorecidas foram os objetivos do primeiro Encontro Caribenho de Capoeira. O evento, realizado no inicio deste mês, reuniu capoeiristas do Caribe, América Latina, EUA e Europa.Durante o encontro, foi redigida uma carta que servirá de base para a Rede Caribenha de Capoeira, que trabalhará na promoção do diálogo e da cooperação entre educadores de capoeira no Caribe. Os capoeiristas também receberam formação em direitos humanos através do curso ministrado pela Organização das Nações Unidas (ONU).Na ocasião, alunos do projeto Gingando pela Paz foram batizados e realizaram apresentações nas praças públicas de Bel Air, bairro que também foi palco da Terceira Caminhada Gingando pela Paz.O coordenador do projeto, Flávio Saudade, afirmou que a capoeira vem cumprindo um papel importante na instauração da cultura de paz e que “o evento foi uma oportunidade concreta de enviar para o mundo a mensagem de que é urgente que todos os povos trabalhem juntos para a construção de um mundo melhor, livre de violências”.O projeto, que começou em 2008 no bairro de Bel Air, já atendeu mais de 1.000 pessoas, entre crianças, jovens e adultos, aliando sempre a prática do esporte, a cultura e a formação para a cidadania.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Falecimento do Escritor Frede Abreu.



Frederico José de Abreu morreu nesta quinta-feira aos 66 anos depois de uma luta de um ano contra a hepatite C. O corpo de Frede, como era conhecido, será cremado às 13h desta sexta-feira (12) noCemitério Jardim da Saudade. Ele deixa mulher e dois filhos. Grande estudioso da capoeira, Frede escreveu sobre mestres como Bimba, Pastinha, João Pequeno, Canjiquinha, Waldemar, Caiçara e Cobrinha Verde. Ele fundou o Instituto Jair Moura, com acerco de mais de 40 mil títulos sobre capoeira e cultura afrobrasileira. Referência, Frede foi consultor do inventário que tombou a capoeira como patrimônio cultural do Brasil, em 2008. Ele ainda ajudou no projeto Axé, trabalhando pela preservação de grupos como o do mestre João Pequeno, da Fundação Mestre Bimba, e de outros. Ultimamente, trabalhava na biblioteca do Instituto Mauá, no Pelourinho."

"A capoeira perdeu um grande Guerreiro.Vá com Deus Frede."

Fonte: Site Política Livre

Berimbau, A arma da feminidade das mulheres Bantu.

“Após uma terrível batalha, a deusa protetora transformou o arco do guerreiro no primeiro instrumento musical da tribo, para que a música e a paz substituíssem as armas e  guerras para sempre”  (Mitologia Bantu-Nguni, Zulu -Africa do sul)

Foto: Teatro SIBIKWA
Existe um facto que goza de certa autoridade, sendo que quando se pesquisa sobre o berimbau Africano, seja ele de que nome, origem, ou tamanho for, é impossível ignorar que o gênero feminino desempenha um papel extremamente considerável em relação aos arcos musicais.A popularidade do Berimbau cresceu transversalmente da arte Afro-Brasileira mais conhecida por Capoeira. A Capoeira até certo ponto, era de acesso restrito a um ambiente masculino.  Significantemente, as portas foram abertas para o sexo oposto, e já se conquistou bastante espaço por meios de dedicação e empenho.Porém, as mulheres na esfera capoeristica ainda se encontram vítimas de regras discriminatórias, consideradas pela comunidade como tradição. Regras essas que não as permite tocar o berimbau e  em certos momentos não poder participar durante a roda.

A mulher Africana, apesar de viver em constante normas estritas e rigorosas, entre elas sendo as responsabilidades matriarcas, no último centenário foi a que mais fortificou a presença,  e a popularização do berimbau africano na plateia continental e internacional.Através do som melódico e hipnotizante do instrumento de uma corda só, orgulhosamente canta-se cantigas de centenas de anos atras,  transmitidas pelos seus antepassados.Canções que contam estórias das glórias dos seus povos, sobre a felicidade, a tristeza, o amor, o ódio, a paixão, a traição, as desventuras de casamentos e cantigas infantis.

Não somente a mulher é tradicionalmente considerada a base da família, mas também compõe, canta e constrói os próprios instrumentos que toca.Cito duas personalidades da música tradicional Bantu-Nguni e herdeiras da tradição de tocadoras de arcos musicais, como a  Princesa Zulu Constance Magogo e a Dona Madosini Mpahleni que hoje em dia goza de noventa anos de idade.Com esta chamada, conto com mais reconhecimento e consideração para com as mulheres não sole mente na capoeira mas também no berimbau e outros instrumentos musicais.